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sexta-feira, 8 de maio de 2009

Amor Verdadeiro


Eu sou o teu Deus, moldei-te com as minhas mãos e amo o que fiz.
Amo-te com um amor sem limites, porque te amo como sou amado.
Não fujas de mim. Volta para mim - não apenas uma, duas vezes, mas uma e outra vez.
És meu filho.
Como podes duvidar de que voltarei a abraçar-te,
de que te apertarei contra o meu peito, te beijarei e afagarei o teu cabelo?
Eu sou o teu Deus do perdão e do amor, o Deus da ternura e do carinho.
Por favor, não digas que Eu desisti de ti, que já não te suporto, que não há caminho de regresso.
Não é verdade. Desejo tanto que te aproximes de mim.
Conheço todos os teus pensamentos.
Escuto todas as tuas palavras e vejo todos os teus atos.
E gosto de ti porque és belo,
feito à minha imagem, uma expressão do meu amor mais íntimo.
Não te julgues a ti próprio. Não te condenes. Não te rejeites.
Deixa o meu amor tocar os cantos mais profundos e recônditos do teu coração
e revelar-te a tua própria beleza que perdeste de vista,
mas que voltará a ficar visível à luz da minha misericórdia.
Vem, vem deixa-me limpar as tuas lágrimas
e deixa que a minha boca se aproxime do teu ouvido e te diga:
“Eu te amo, te amo, te amo!”


Henri Nouwen, em “A Caminho de Daybreak
Amando ao próximo

terça-feira, 31 de março de 2009

Ser crente é ...

Ser crente é descansar, num Deus que é caridade,
A esperança que alenta e a fé que nos redime;
É sentir dentro d'alma essa doce vontade
De semear o bem, de combater o crime...

Ser crente é refletir de Jesus a humildade
Para os outros vivendo em renúncia sublime;
É ter sempre um consolo à dor que ao peito invade,
É ter sempre um conforto à tristeza que oprime...

Ser crente é conquistar para Deus que perdoa,
De uma existência má para uma vida boa,
O coração que sofre ao peso de um labéu.

Ser crente é possuir como prêmio fecundo
O encanto de viver e ser feliz no mundo,
A glória de morrer e ser feliz no céu.

Mário Barreto França
Do livro: "Primícias da minha seara", Ed. autor, RJ, 1960

quinta-feira, 19 de junho de 2008

A persistência da formiga

Outro dia, vi uma formiga que carregava uma enorme folha.

A formiga era pequena e a folha devia ter, no mínimo, dez vezes o tamanho dela.
A formiga a carregava com sacrifício.

Ora a arrastava, ora tinha sobre a cabeça.
Quando o vento batia, a folha tombava, fazendo cair também a formiga.

Foram muitos os tropeços, mas nem por isso a formiga desanimou de sua tarefa.
Eu a observei e acompanhei, até que chegou próximo de um buraco, que devia ser a porta de sua casa.

Foi quando pensei: "Até que enfim ela terminou o seu empreendimento".
Na verdade, havia apenas terminado uma etapa.

A folha era muito maior do que a boca do buraco, o que fez com que a formiga a deixasse do lado de fora para, então entrar sozinha.

Foi aí que disse a mim mesma: "Coitada, tanto sacrifício para nada."
Lembrei-me ainda do ditado popular: "Nadou, nadou e morreu na praia."

Mas a pequena formiga me surpreendeu.

Do buraco saíram outras formigas, que começaram a cortar a folha em pequenos pedaços.
Elas pareciam alegres na tarefa.Em pouco tempo, a grande folha havia desaparecido, dando lugar a pequenos pedaços e eles estavam todos dentro do buraco.

Imediatamente fiquei pensando nas minhas experiências.

Quantas vezes desanimei diante do tamanho das tarefas ou dificuldades?
Talvez, se a formiga tivesse olhado para o tamanho da folha, nem mesmo teria começado a carregá-la.

Invejei a força daquela formiguinha
Naturalmente, transformei a minha reflexão em oração e pedi ao Senhor:
Que me desse à tenacidade daquela formiga, para "carregar" as dificuldades do dia-a-dia.

Que me desse à perseverança da formiga, para não desanimar diante das quedas.
Que eu pudesse ter a inteligência, a esperteza dela, para dividir em pedaços o fardo que, às vezes, se apresenta grande demais.

Que eu tivesse a humildade para partilhar com os outros o êxito da chegada, mesmo que o trajecto tivesse sido solitário.
Pedi ao Senhor a graça de, como aquela formiga, não desistir da caminhada, mesmo quando os ventos contrários me fazem virar de cabeça para baixo; mesmo quando, pelo tamanho da carga, não consigo ver com nitidez o caminho a percorrer.

A alegria dos filhotes que, provavelmente, esperavam lá dentro pelo alimento, fez aquela formiga esquecer e superar todas as adversidades da estrada.

Após o meu encontro com aquela formiga, sai mais fortalecido para enfrentar a minha caminhada.

sábado, 7 de junho de 2008

Vida de Pastor

Ele acorda, levanta, ajoelha e ora,
louva, consagra, jejua, exorta, sorri e chora.
Aprende, ensina, repreende, consola e abençoa.
Glorifica, prega, unge, visita, compreende e perdoa.


Semeia, cultiva, colhe, alimenta e oferece.
Acalenta, socorre, profetiza,
peleja, vence e agradece.
Santifica, ouve e cala. Dá, recebe, restaura,
triunfa, edifica, sente e fala.

Vida de pastor....
Olha o relógio, já está atrasado!
Se não tem carro, pega um ônibus apertado,
Vai ao hospital, presídio, velório, seja onde for
em busca da ovelha perdida,
pois ele é um pastor...
Seu corpo cansado aguarda
a hora de ir para a cama.
E quando isso acontece, logo o telefone chama.
Levanta apressado e reconhece a voz do outro lado;
é a ovelha aflita que precisa de cuidado.

E lá se vai o pastor, levando consolo ao coração aflito.
Dos seus olhos rola uma lágrima no lugar do grito.
É a dor que se transforma na alegria da compensação
por ter sido escolhido
para tão sublime missão.
É tarde quando volta para casa,
e neste momento a esposa diz:
“Hoje é o nosso aniversário de casamento”.
O clima de festa, a mesa arrumada...
mas a comida esfriou...e sem jeito diz:
perdoa, meu amor, esta é a vida de pastor.

Um poema de: Norma Bernardo
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